A Reforma da Previdência é recente e vai levar um tempo para que todas as regras sejam assimiladas por todos.

A polêmica Reforma alterou diversos pontos sobre a aposentadoria, como as regras para se conseguir o benefício e a forma de cálculo na maioria dos casos.

Quem está próximo de se aposentar poderá escolher uma das regras de transição para que não seja tão impactado com as alterações da legislação.

No entanto, é necessário que se façam cálculos em todas as formas de se aposentar. Isso porque, uma escolha mal feita nessa etapa pode significar uma redução considerável no valor do benefício.

Para te auxiliar neste momento importante, fizemos este artigo para que você possa entender um pouco mais como calcular a aposentadoria após a Reforma da Previdência. Se prepare e aproveite nosso conteúdo.

Cálculo da aposentadoria: como era feito antes da Reforma da Previdência

Até a Reforma da Previdência, o cálculo básico para as aposentadorias considerava uma média aritmética dos salários do trabalhador.

A média consistia em 80% dos maiores salários de toda a trajetória profissional do contribuinte. Isso garantia que os 20% menores salários não fossem considerados para o cálculo do benefício.

Esse tipo de cálculo era vantajoso, pois os períodos ignorados, se fossem considerados, diminuiriam o valor da aposentadoria.

Basicamente, em uma aposentadoria sem outros fatores como a aposentadoria especial, o cálculo era feito desta forma. O valor da equação era o valor do benefício, se não houvessem agentes redutores.

Cálculo da aposentadoria: como é feito após a Reforma da Previdência

Após a Reforma da Previdência, o cálculo foi modificado. Agora, o que vale são todos os salários do trabalhador durante sua carreira. Não são mais ignorados os 20% menores salários.

As novas regras da Previdência até toleram que os salários que diminuem o valor do benefício do trabalhador sejam ignorados. Mas se isso acontecer, a contribuição ignorada não é computada de nenhuma forma!

Antes, era permitido ignorar o valor das menores contribuições, mas elas eram consideradas como tempo de contribuição, por exemplo. Desde a aprovação da Reforma, essa contagem de tempo de contribuições ignoradas não é mais permitido.

As regras vigentes atualmente consideram 100% dos salários para a média. Porém, o valor do benefício começa a ser calculado por um coeficiente de 60% desta média + 2% para cado que ultrapassar os 20 anos obrigatórios de contribuição para os homens e os 15 anos para as mulheres.

Ficou um pouco confuso? Não se preocupe, vamos exemplificar agora para você entender:

• O valor da média de um trabalhador do sexo masculino é de R$ 2.000,00;
• O INSS irá considerar 60% deste valor + 2% para cada ano excedido dos obrigatórios;
• 60% de R$ 2.000,00 = R$ 1.200,00;
• Anos excedidos = 5 anos = +10% da média no valor do benefício;
• 60% de R$ 2.000,00 = R$ 1.200,00 + 10% da média = R$ 200,00;
• Valor do benefício = R$ 1.400,00.

Mesmo que o trabalhador tenha uma média de R$ 2.000,00 como no exemplo, se ele não contribuir pelo tempo esperado pela Previdência, ele não terá direito a 100% de seu benefício.

Neste exemplo, para que o trabalhador obtenha se benefício de forma integral, ele teria que contribuir por 40 anos no total.

No entanto, é necessário que seja feito um estudo detalhado sobre todas as condições e variáveis que o trabalhador teve em toda sua carreira.

Embora a Reforma da Previdência tenha alterado diversas regras, até a data da sua publicação, permanecem os direitos adquiridos. Quem possui atividades de risco por exemplo, poderá pleitear seus direitos.

O ideal para todas as situações é que se tenha a ajuda de um profissional especialista em aposentadoria. Os cálculos serão feitos por ele, o que garante maior segurança para o contribuinte.

Além disso, toda a contagem de tempo, reunião dos documentos e solicitações serão feitas por esse profissional. Isso auxilia muito o trabalhador, pois economiza tempo e as chances do pedido da aposentadoria ser aceito aumentam consideravelmente.

Você tem alguma dúvida de como calcular a aposentadoria após a Reforma da Previdência? Envie sua dúvida em nossos comentários que iremos te responder!

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